Os ateromas são placas gordurosas fibrosas e sua formação tem início com a deposição de gordura na camada íntima das artérias devido a injúrias no endotélio, causadas pelos fatores de risco aos quais o indivíduo está exposto como a hipertensão, derivados do cigarro, alta taxa de colesterol, etc.
Uma resposta inflamatória ocorre devido à proliferação dos fibroblastos causando aumento da espessura da camada íntima e endurecimento arterial.
Inicia-se, então, a incrustação pelos sais de cálcio, produzindo diferentes graus de calcificação distrófica. As artérias frequentemente afetadas são a aorta, as coronárias e as artérias cerebrais, incluindo a carótida. Esse ciclo de deterioração e reparo leva à formação de hemorragias que expõem as fibras colágenas formando trombos.
As calcificações na artéria carótida podem ser visualizadas em diferentes técnicas radiográficas em que seja possível a observação dos espaços aéreos buco nasais.
Em radiografias panorâmicas essas calcificações apresentam-se como imagens radiopacas nodulares únicas ou múltiplas, não contínuas, na altura da junção intervertebral C3 e C4, cerca de 1 a 2,5 cm ínfero-posterior ao ângulo da mandíbula, ou ainda como linhas radiopacas verticais que representam finas calcificações nas paredes vasculares.
Fonte: Odontol. Clín. Cient., Recife, 9 (1) 25-32, jan./mar., 2010. www.cro-pe.org.br