Dentes de leite podem ajudar a entender mais sobre o autismo

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Denominado “A Fada do Dente”, um projeto desenvolvido pela bióloga Patrícia Beltrão Braga, da Universidade de São Paulo, em parceria com o professor Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, promete identificar diferenças biológicas nos neurônios com autismo através da reprogramação de células da polpa dos dentes de leite de crianças com a síndrome. O projeto tem como sede a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP e recebe dentes de crianças de todo Brasil.

“A Fada do Dente” teve início em 2009, após as tentativas de aplicação do método terem sido bem-sucedidas aqui no Brasil. Patrícia escolheu as células da polpa do dente por ter familiaridade no trabalho com elas e pela facilidade de obtenção. Outros procedimentos para recolhimento de neurônios — como métodos de receptação após o óbito, por células sanguíneas ou até mesmo estudos com modelos animais — não garantem neurônios funcionais ou com a carga genética de um paciente, mas o método da reprogramação permite.

O estudo das características dos neurônios permitiu identificar diferenças morfológicas nessas células das crianças autistas quando comparadas com as mesmas células de uma criança não autista. “Esses estudos permitem que se entenda mais sobre a biologia da doença”, explica Patrícia.

Link: http://exame.abril.com.br/ciencia/noticias/projeto-visa-entender-autismo-a-partir-de-dentes-de-leite

Fonte: Exame.com